quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

... VERSÃO CONTO: PERFEITA IMPERFEIÇÃO 1 ...

Existe felicidade plena? Vou postar aqui a partir de hoje um conto dividido em três partes que conta a história de uma mulher que possui tudo: bom empregro, bom namorado e tranquilidade familiar. Esse tudo para ela se transformou em algo sufocante, em algo que ela tem até vergonha de dizer que não gosta mais.
Espero que se divirtam e consigam refletir se essa mulher é muito louca ou se ela realmente é muito infeliz.

São duas horas da manhã, o domingo já acabou, a televisão desligou há três horas atrás e eu estou aqui rolando de um lado para o outro da cama, olhando para o teto e sem previsão de novos acontecimentos. Sabe quando a vida está sem nenhum novo acontecimento? Sem nenhuma novidade? A vida afetiva vai bem, o trabalho idem, na família? Tudo as mil maravilhas... Pareço que vivo numa grande Ode ao “tudo perfeito”.

Lembro-me como se fosse ontem, eu triste pelos cantos, sem emprego, sem amor, com a família em frangalhos... Que tristeza, que depressão, meu Deus! Como eu queria que naquele momento tudo estivesse como hoje está! Eu sofri tanto, precisava tanto disso naquela hora, mas nada aconteceu. Aos poucos fui me refazendo, vendo que tudo tem sua devida hora chegaria no lugar. Lendo um jornal vi um tal de um concurso que iria ocorrer na minha cidade, quem arrisca não petisca, me inscrevi. No dia da prova lá vou eu: caneta na mão e fé... A fé passou num zas-trás quando vi a quantidade, e as caras, das pessoas com quem iria competir alguma vaga.

Observando tudo, analisando os rostos, os gestos... Fiquei um pouco sem noção e esbarrei num rapaz, nesse momento tudo parou, olhos nos olhos e um silêncio de segundos pareceu se transformar em horas. Ele tinha lindos olhos amendoados num rosto angelical que se escondia um pouco por sua barba por fazer, um sorriso perfeito de ponta a ponta... Ele perguntou se eu estava bem e só consegui mexer a cabeça em sinal positivo, ele riu de novo e saiu. Eu queria saber onde havia se escondido o homem da minha vida esse tempo todo.

Após a prova saí tranqüila, não tinha muitas esperanças de passar, mas a visão do rapaz já tinha me deixado bem extasiada, pensei em sair aquela noite e aproveitar um pouco do calor noturno do verão a beira da praia. Assim que saí o rapaz estava lá, sentado no banco, e quando me viu levantou-se repentinamente e perguntou se eu havia feito boa prova; aquilo era tudo, tudo o que eu precisava ouvir. Seguimos juntos para o mesmo ponto de ônibus e, por “ironia” do destino, seguimos no mesmo ônibus. Conversamos muito,falamos de nossas vidas, de nossos ideais, de música, de livros, de filmes... Havia uma conexão entre nós, ele gostava de coisas que eu não, mas gostávamos no mesmo tanto das mesmas coisas... Será que encontrei o meu par perfeito?

Continua...
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Quero agradecer aos comentários que me fizeram todos. Quanto ao link versão BAM BAM BAM eles serão alterados de acordo com os meus blogs preferidos no dia e os que vou seguir são todos os que estão no link. Se você quiser que eu te leia deixa um comentário e se eu gostar não me faço de regado, linko-lhe.
FUIXXX

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

... VERSÃO CRÔNICA: CRI@NÇ@S DIGIT@IS ...

CRIANÇAS DIGITAIS
Por Vitor Zucolotti


(PAI LÊ O JORNAL QUANDO O FILHO CHEGA).

FILHO – “Paiê”?

PAI – (para o público) Ixi! Lá vem bomba, quando ele vem com “paiê”, está inspirado! (para o filho) Diga meu filho...

FILHO – Pai, eu estou com uma dúvida duvidosa...

PAI – Dúvida duvidosa?

FILHO – É. A gente quando tem uma dúvida tem uma dúvida só, agora quando a gente tem uma dúvida duvidosa a gente tem a dúvida mais a dúvida de dever ou não tirar ela.

PAI – Meu filho, você está me assustando, se essa dúvida você tem dúvida de tirar, tem certeza que quer tirar a dúvida, então?

FILHO – Nossa, que embolação... Mas sim, eu quero tirar a dúvida sim... Afinal de contas sou um menino à frente do meu tempo que, mesmo com os meus cinco anos, sei exatamente onde quero chegar!

PAI (espantado com o filho) – E onde você quer chegar?

FILHO – A presidência da República, só que alfabetizado, é lógico. Bom pai a dúvida que eu tenho é: o que é sexo?

PAI (se engasga na própria fala) – O que é... Sexo!? Onde você ouviu isso, menino?

FILHO – Eu ouvi na rua, aqui em frente de casa. Uma menina passou e perguntou para a vizinha da janela: “- Alguém já te falou de sexo hoje?”, e ela respondeu: “- Já! E eu adorei!”. Se ela adorou significa que é bom, se é bom é legal, se é legal... Eu quero!

PAI – Não! Quer dizer... Sim! Mas tudo ao seu tempo... Ai Meu Deus, como vou explicar para você o que é sexo?

FILHO – Explica explicando, assim como você me disse que o Papai Noel não existe... (o menino caminha para a platéia) Ele acha que aquela desculpa esfarrapada eu acreditei... Eu sei que o Papai Noel existe.

PAI – Meu filho... O sexo... Olhe bem, o sexo ele é... Ele é... Ele é...

FILHO – Homem?

PAI – Homem?

FILHO – É! Você falou ele o tempo todo.

PAI (dando um beijo no filho) – Gênio! É isso! Sexo é a definição de masculino e feminino. Quando a pessoa lhe pergunta qual o seu sexo, você diz masculino. Se for menina, feminino.

FILHO – Paiê, num vem querendo me “engambelar” não! Isso é gênero!

PAI – (assustado) – Caramba! Como sabe disso?

FILHO – Internet, né pai!

PAI – Está certo! Bom meu filho esse assunto é um tanto quanto embaraçoso...

FILHO – Pai, fala falando que eu vou ouvindo atentamente.

PAI – Meu filho, sexo é algo que ocorre que lembra o amor. Quando duas pessoas se amam elas fazem amor, que é a mesma coisa que sexo, daí depois de nove meses vem o bebê.

FILHO – Então você e mamãe se amaram e fizeram amor que é sexo e nove meses depois eu nasci?

PAI – Exato!

FILHO – Pai, eu amo minha mãe, posso fazer sexo com ela?

PAI – Não! Está louco menino?

FILHO – Mas você não disse que sexo é a mesma coisa que amor?

PAI – Claro que não! Eu disse que lembra...

FILHO – Ixi, na mesma hora você disse que lembra e depois falou que é a mesma coisa...

PAI – É o seguinte meu filho, sexo é o ato que faz com que o ser humano possa gerar um bebê. O sexo também é usado como algo prazeroso, uma brincadeira entre adultos... Quando duas pessoas se amam em forma de relacionamento afetivo, amoroso, elas não gostam de falar que estão fazendo sexo e sim que estão fazendo amor, que é mais bonito. Entendeu?

FILHO – Então sexo, sexo, é o ato de fazer neném; o amor é um nome bonitinho para o sexo que é a mesma coisa que uma brincadeira entre adultos?

PAI – Exato! Satisfeito?

FILHO – Agora estou. Obrigado “Paiê”!

(Filho vai saindo enquanto Pai volta ao seu jornal, de repente o filho volta e sem querer assusta o Pai).

FILHO – “Paiê”!

PAI – Quer me matar do coração criatura?

FILHO – Eu estou com uma dúvida...

PAI – Ai Meu Deus, o que é agora?

FILHO – Se sexo é o ato de fazer neném... Onde enfiaram a cegonha nisso tudo?

PAI – Ai não! Isso não! Jandira, oh Jandira! Me acode aqui... Esse menino está me deixando encurralado!

(Mãe chega secando a mão num pano de prato).

MÃE – O que foi gente?

FILHO – Ei mãe!

MÃE – O que houve meu filho, porque seu pai está tão desesperado?

FILHO – Eu acho que ele se embolou...

PAI (puxando a mãe para um canto) – Jandira, esse menino sabe demais! Ele me perguntou o que era sexo!

MÃE (preocupada) – E o que você disse?

PAI - Eu disse que era o ato de se fazer um bebê e que ocasionalmente, se feito de forma segura, é uma brincadeira entre adultos... Agora a criatura quer saber onde entra a cegonha!

MÃE (preocupada) – Ai meu pai! E agora você joga o pepino para mim?

FILHO – Mãe você também não sabe onde a cegonha se mete no sexo, não?

MÃE (sem graça) – Sei... Meu filho.

FILHO – Sou todo ouvidos, pode dizer...

MÃE – Na realidade a cegonha foi idealizada para figurar o ato do sexo...

FILHO – Figurar? Como se a cegonha fosse o sexo ou o resultado dele?

MÃE – É... De onde tirou isso?

FILHO – Internet, mãe!

MÃE – Então meu filho, no sexo o homem e a mulher se encaixam de uma forma na qual o homem expele uma espécie de semente que vai ser carregada pela mulher durante nove meses. Após esses nove meses, essa semente cresce na barriga da mulher e é a criança, o bebê que nasce. Na realidade, todos nós já fomos uma espécie de semente.

FILHO – Como o homem e a mulher se encaixam?

MÃE – Através de seus órgãos genitais.

FILHO – O que são órgãos “geniais”?

PAI (para a mãe) – Ai, ai, ai! Começou agora termina.

MÃE – Não são órgãos “geniais”, meu filho; são órgãos genitais. E respondendo essa pergunta, os órgãos genitais são os órgãos por onde fazemos o xixi... O seu pintinho, a periquitinha da sua prima que ainda é neném...

FILHO – Eca! Mas mãe, eu estou chocado com isso!

MÃE – Chocado com o que?

FILHO – Eu já vi isso na internet...

PAI – Isso o quê, rapazinho?

FILHO – O sexo!

MÃE – Como é que é?

FILHO – Isso, é filme pornô!

PAI E MÃE JUNTOS – Menino!

FILHO – Ué, vocês não me deram um computador... Eu só estou estudando! (para a platéia) Criança, hoje em dia, sabe de tudo!

PAI E MÃE JUNTOS – Menino!

(FILHO SAE CORRENDO E OS PAIS SAEM ATRÁS.)

FIM

... VERSÃO SOL ...

Pois é, após muito tempo afastado eis que estou de volta ao meu mundo. Provavelmente meu mundo vai dar uma certa girada brusca; o exestudante de Direito agora vive como um foca, exatamente, vou me embrenhar pelas matas densas do jornalismo e tomara que consiga alcançar meus objetivos e alçar voos altos.
Enquanto isso, o verão corre. O tempo já se despediu um pouco do sol, mas dúvido que, assim que começar a maratona "faculdadevista", não de as caras novamente. Esse verão foi interessante até agora, muitas saídas, agitos, praia, observações que me são naturais, lógico! Mas é isso!
Que venha mais Sol, que venha mais chuva, que venha mais "acorda Sr. Homem Mal"... O planeta acaba de acordar.