Amigos, todos que lêem o blog, não é falta de imaginação, é falta de tempo. Provas na faculdade estão me deixando meio roxo de tanto prender a respiração e tentar me concentrar em uma só coisa (o que é difícil, vivo em 5635 volts). Enquanto meu sento crítico-cronista-repórter descansa eu os deleito (modéstia) com mais poemas da minha vasta seleção (mentira! são só 58 que tenho guardados e uns vários perdidos, além de um arquivo de 260 poemas que sumiram, mas uma amiga tem uma cópia)...
Me banho no frio
com água gelada
a crosta de gelo
me corta a alma
me fere a pele
a derme é queimada
e com água fria
não é fogo de palha.
Meus cortes são cicatrizados
pelo o Sol no ar.
O céu parece limpo
mas vai tentar respirar.
A visão dilacera
basta olhar os muros, a cidade.
É tudo tão pastel
as cores uniram-se ao asfalto.
Me banho no frio
com água gelada
na minha banheira
escondo a minha cara.
(Cidade-Banheira)