Deixo as mágoas, deixo as lágrimas
Deixo o gosto, deixo o estorvo.
Deixo as metas, deixo o passado
O meu corpo é a minha mala
E carrega a bagagem.
Rasgo as fotos antigas, os álbuns
Afogo as minhas lembranças no álcool.
Despedaço livros de auto ajuda
E todos outros desastres.
Desisto, eu não quero mais isso.
Deixo a casa, deixo o quarto
Deixo os pratos, os armários.
Deixo os ladrilhos sujos, arranhados...
O meu corpo é a minha mala
E carrega a bagagem.
Eu me abro, me reparo
Me conserto, me endireito.
Me arrumo, me costuro
Me embelezo, me endeuso.
Recomeço, porque a vida é um eterno regresso.
Trago vontade, trago energia
Trago gana, alegria.
Trago sonhos, trago vida...
O meu corpo é a minha malaE carrega a bagagem...
A minh´alma.
(Minh´Alma)
7 comentários:
Sempre a gente acaba tendo que se desprender de algumas coisas. É inevitável.
E isso requer muita vontade! (Fato!)
Cara... tem um selo pra vc lá no blog.
Abraços
.
http://solucomental.blogspot.com
Poema delicioso, adoro rasgar livro de auto-ajuda!
Bravo!
Ao lê-lo começo a conhecê-lo melhor.
Muito prazer!
Opa.
Deixei outro selo pra vc lá no blog.
Abraços
.
http://solucomental.blogspot.com
Belo texto...bom sábado =D
È bom deixar a porra toda e ir curtit a merda da vida! Faz bem.
Gostei muito vc escreve muito bem.
parabéns.
Abraço.
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